domingo, 31 de janeiro de 2010

O amor tomou conta de nós


Numa noite de verão...

... Vesti o meu vestido castanho e coloquei no cabelo a flor vermelha, em forma de totó, que me ofereceste nos anos. Já pronta fui ter contigo, descemos o trilho que ia dar à areia e, delicadamente, estendeste a toalha e, de seguida, deitamo-nos os dois, a olhar as estrelas. Que bonitas que elas eram e estavam especialmente bonitas nesta noite!
Devagar, deixei cair a minha mão em encontro da tua e, sem pronunciares uma única palavra, agarraste-a e deixaste fugir uma gargalhada. Eu segui o teu comportamento e sei que nada significava mais do que aquele momento. Num acto de loucura, levantei-me e pedi que viesses sentar-te comigo na lua e prometi que apanhava uma estrela que nos levasse até lá. Olhaste para mim, aproximaste-te, agarraste-me de novo a mão e, desta vez, eu senti os meus lábios a tocarem nos teus e não queria que eles se desprendessem. Sobre o olhar atento da lua e o sorriso das estrelas que cobriam o céu, eu gritei bem alto que te amo e fugi de ti, percorrendo sempre junto ao mar, senti a água a cobrir-me os dedos dos pés. E enquanto olhava para trás, com muitas gargalhadas a saírem-me do peito, tu vieste atrás de mim. Salpicaste-me com água, eu afastei-me, dei-te alguma margem de avanço e saltei para as tuas cavalitas. Fui tão feliz contigo nesta noite e a promessa que te fiz sem tu saberes já a tinha cumprido. Já te tinha dito que te amava e voltava-o a fazer outra vez se me pedisses. (...)
Eu empacotei a minha vida em caixinhas que arrumei nas prateleiras do coração e tu vieste viver comigo, num lugar só nosso. E acabamos por apanhar uma estrela, subir à lua, brincar com os cometas. Até os nossos nomes escrevemos no céu!
Não importa se é em terra, no mar, ou em cima da lua. O que me importa é estar contigo. É viver cada momento contigo. E amar-te todos os dias o máximo que souber e poder. Não importa se há tempo ou se o relógio para só por nós. Não importa se no céu o oxigénio é pouco ou se em terra o sol queima mais. O que me importa é ter-te sempre comigo e saber que posso fechar os olhos sem medo e com toda a minha força porque quando os voltar a abrir tu vais estar ao pé de mim, com o sorriso mais bonito que te sai do coração. O que realmente me importa é saber ser como sempre fui e amar-te como sempre te amei.
O amor tomou bem conta de nós.

sábado, 30 de janeiro de 2010

O coração também sabe falar

O amor nem sempre se vê e o coração nem sempre fala. Mas o amor sente-se e o coração também pode falar.
Há sempre uma esperança cravada nos sorrisos das estrelas, com um sonho dentro de cada uma delas e algures, nesse mar azul de estrelas, se olhares com o coração, irás ver uma com o teu nome. (...)
Desde sempre houve uma melodia dentro do meu peito que sempre tentei escrever. Faltavam as palavras certas, a esperança de uma última gargalhada, a composição rítmica adequada. Mas dentro do peito sempre ouvi o coração falar, muitas vezes do que o ouvi bater, cheio de amor. (...)
Tu sempre foste a minha única esperança. O meu único porto de abrigo. E ao pé de ti, eu perco o nome das coisas, não sei chorar, não sei ter medos, apenas sei amar, vezes e vezes sem conta. (...)
Dentro da minha alma, no cimo da minha vida, há uma gargalhada que se ouve, há uma melodia que se toca, há um coração que bate, há um amor que existe, vezes e vezes sem fim. E não importa o momento, o amor e a esperança existirão sempre dentro de nós
Por instinto, eu rio e rio, inclino a cabeça, fecho os olhos, escuto o coração. Levanto as mãos, abro os braços e sinto o vento a tocar-me no corpo.
De braços de volta do meu corpo, eu serei sempre tua, nesse amor e bater de coração que só existe no sorriso das estrelas. E no céu, se olhares com atenção, existirá uma com o teu nome e uma com o meu. Não haverá momento que não estejam juntas.
Tu foste sempre a minha única esperança, a melodia que esteve sempre a bater no peito e que eu tentei escrever – todos os dias.
Afinal, o amor também se pode ver e o coração também pode falar

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Pequenos desabafos

É em pequenos desabafos que eu digo que vou ler o que nunca li, reler vezes sem conta o que já li. Vou amar o que nunca amei, aprender a gostar do que nunca gostei. Vou cantar, vou sorrir, vou dançar. Vou ver o que me falta descobrir e descobrir o que ainda me falta ver. Vou ouvir o que não conheço e o que conheço vou ouvir com ainda mais sentimento. Vou guardar todas as palavras e um dia vou escreve-las todas para ti. Vou por onde nunca fui, conhecer o que me irá dar prazer de relembrar. Vou fazer tudo aquilo que até hoje não fiz e vou, acima de tudo, ser feliz (...)
Há coisas que fiz por ti que sei que voltava a fazer. Mas sei que há em ti uma vontade que nunca há-de morrer. És o meu reflexo no espelho, a sombra dos meus passos no chão, a metade de um coração que ainda bate cá dentro, a primeira pessoa do singular do verbo amar, acompanhada pelo sufixo –te, a minha certeza e a minha verdade (...)
Vou-te contar um segredo! Encosto a minha cabeça no teu peito e sussurro-te ao coração. Não sei se ele ouviu, tu de certeza que deves ter interpretado as palavras. Vou embora, com o insistente desejo de que venhas atrás. Não sinto os teus passos, mas não olho de volta para o banco onde te deixei, talvez confuso, talvez com ainda mais certezas do que hás-de fazer (...)
Eu vou para a estação de autocarros, mas em cima da mesa deixo-te uma carta que sei que irás ler quando eu já estiver pelos lados do algarvios (...)
O autocarro tomou caminho diferente hoje, logo hoje e atrasou-se, mas eu vou na mesma esperar por ele, pela sua chegada, para que me leve daqui para outras paragens. E ao longe ouço passos apressados, uma corrida acelerada, um rosto familiar, uma carta desembrulhada que baloiçava conforme o vento. Os meus olhos não queriam acreditar, o meu coração não conseguia acreditar que eras tu (...)
Com uma tabuleta alta e bem legivel, com o nome Faro, o autocarro chegou e nós partimos.(...)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Amo-te assim,

Encontrei-me , no mesmo instante em que me perdi !
Foi preciso mergulhar no teu mar , beber da tua água para perceber que amor é apenas uma palavra , para perceber que a magnitude de tão bela palavra se encaixa perfeitamente no teu corpo , no teu abraço , no teu cheiro , e que amor é muito pouco para nos definir , para te definir .
Amor é muito mais que dois corpos , é muito mais que um entrelaçar de sentidos , é muito mais que entrega , é mais que eu , é mais que tu , mas é tão pouco perto de nós .
Amor é vida , é mais que vida , é mais que felicidade , amor não cabe em mim , flui no meu sangue , entrega-se no teu sentido e permanece a observar-nos , até o amor sucumbe quando te olho nos olhos e te sinto , te saboreio em cada pedacinho de mim , te ergo na minha mente e te provo sob o calor abrasivo que me ultrapassa .
Não te descrevo , nem tão pouco me atrevo a dizer algo que seja sobre ti , seria pouco , seria muito , seria certo ou errado .
Sinto-te em cada pedacinho de mim , cheiro-te em cada poro da minha pele , saboreio-te em cada gosto que me transmito .
Porque amar-te é divino , é pleno , é inteiro , é ir mais além do conhecido , é ter a coragem de enfrentar o mundo , é querer-te sempre junto a mim , é absorver-te as tristezas , as mágoas e me entregar . E amar-te é deliciosamente o meu maior pecado , o meu maior amigo , o meu maior castigo , o meu maior delírio . Não tenho mais medo de mim , não temo as tempestades que se formaram um dia algures , intensamente .
Perdi o medo na altura que me entreguei , perdi a minha vida , achei a minha vida , encontrei algo melhor que o mundo , algo melhor que uma palavra , encontrei o que sempre procurei .
E quando me olhas nos olhos vejo-te a alma resplandecente , oiço o silêncio do teu coração e os gritos de amor que me sussurras .
Amor é muito mais , amor somos nós , tu e eu . Por isso acredito no amor , acredito em ti e em mim .
E quando falamos é doce melodia , que se forma para nos embalar .
– Amo-te assim .

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Questões


Sim, na verdade tens razão.. Não sou tão forte como pareço, não sou feita de aço ou ferro e tenho mais fragilidades e pontos fracos que aparento, tal como qualquer simples mortal. Não sou feita de palavras frias, nem tenho a pele congelando a 40 graus negativos, nem me visto de preto, ou tenho olhos vermelhos... Mas sim, sou fria. Por vezes, mais fria que qualquer espada atravessando os corpos, ou um cubo de gelo escorregando pela mesa. Não me perguntes porque o sou, simplesmente a vida ensinou-me como sê-lo. Defendo-me mais nas minhas sete copas do que ataco para "matar" e talvez seja por isso que sou tão fria. Orgulho-me do que sou, do que me fui tornando, porque aceito as derrotas de cabeça erguida e com as vitórias ergo-me mais uma vez da peculiar estrada da vida. Excêntrica e estrondosa, penso como penso, e digo-o, sem medos ou questões... Afinal somos o quê? Meros seres imperfeitos aos quais deram o dom da vida. A questão é se todos sabem como pegar nela. E talvez esse até seja mesmo o meu medo, que a vida me passe ao lado. Resumo a minha luta à vida, os meus ganhos com amor, e as perdas da vida com maior amor ainda... não me tentes mudar, deixa-me sonhar enquanto posso, deixa-me ser excêntrica enquanto quero e preciso, não me cortes as asas enquanto é tempo de voar. Não tenhas medo que caia, afinal de contas, é preciso cair para aprender a levantar. Quantas vezes não caí já? e não me levantei sempre? então, deixa-me correr, sonhar, deixa-me ir ao meu limite, até onde eu precisar de ir, mesmo que não consigas ir comigo. Vive o momento, aqui, o depois não importa. Rasga o que te atormenta a alma, rasga o que te faz doer dentro do peito, rasga tudo o que te tira o sonho e o sorriso no rosto, rasga tudo se for preciso. Mas vai, vai onde o vento te levar.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Esta Noite

Se o teu olhar me iluminar e o calor da tua mão me aquecer a voz. Se o teu beijo me falar ao coração eu não quero mais fugir. E de tudo o resto é somente isto do que preciso.
Amor. Meu amor.
Sem promessas, apenas preciso de agarrar a tua mão e sentir a brisa do vento que vem de Norte a ir de encontro ao meu peito. Esquecer. Tudo menos as memórias de nós os dois.
Se os meus pés não sairem do chão e a minha voz não for suficiente forte para se ouvir, promete apenas olhar para mim e compreender. Sentir o bater do coração. Apenas sentir o que (me) vai na alma. Nada mais. Apenas isso.
Esta noite. Aqui - apenas e para sempre - nesta noite, preciso da tua presença. O abraço forte e interminável. O brilho em cada olhar e o amor tão forte e seguro do teu coração.
E mesmo que o tempo não pare, apenas quero ficar aqui - nesta noite. Fazer as coisas que amamos. Quero permanecer apenas no tempo, contigo. Meu amor.
Se o teu olhar me iluminar nesta noite apenas preciso de segurar a tua mão com a força suave do meu amor.
E olhando bem fundo no teu olhar, vejo - quando o dia se torna noite - o meu futuro. Contigo e com a tua mão sobre a minha.
Se o teu olhar me iluminar - esta noite - não vou querer fugir mais. Apenas preciso de ti, esta noite.
Sem promessas, serás sempre a minha unica razão.
Meu amor.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Meu amor,

Na ausência de tempo que o próprio tempo não conta, a saudade não chora, já não mata, já não magoa, mas fica, mas vai, como todo o tempo que corre e que passa, mas que não se afasta de nós. Não nos afasta de nós. Nos cantos dos meus olhos que sonham, é tão cuidadoso o brilho de cada olhar.
Como até aqui, o que parte e o que fica são pedaços de nós. Que não morrem e não se perdem. E quando tudo parecia certo agarrei as certezas que ouvia na noite serena e luminosa como já não se vê igual. E apenas nessa noite escrevi as cartas que nunca tive coragem de te enviar. Talvez por ter medo que as palavras que te escrevi não fossem as que te descrevessem melhor. Talvez porque…
Incertezas que não partem ou que não param com o tempo. Ao menos sabes o quanto se perde nessas mesmas incertezas que o coração nem sequer tem coragem de me ouvir sussurrar. Também não queres perder as memórias e os gestos.
Um bilhete. Um único bilhete é tudo o que me leva ao que tínhamos e ao que ainda resta em nós. Apenas quero dar-te o mundo.
Abraça-me por isso e porque o queres. Não desenlaces o abraço que mais força me deu até aqui. Dá-me a mão, apenas isso e o teu abraço. Tens magia nas pontas dos dedos. E tudo o que pensamos foram sonhos, mas tudo o que abraçamos são certezas e realidade escrita por nós.
Ainda é noite, fecha os olhos comigo. O dia não chega e na ansiedade que nos envolve e inquieta agarraste-me a mão com o teu jeito que não esqueço e com a mão no meu rosto contornas-te os meus lábios com o sorriso nos olhos. E num gesto repetido eu contornei os teus com os meus. Fechamos os olhos e num beijo que até hoje não houve igual eu disse-te que era feliz. Contigo, nada mais precisava. E não preciso por te ter.
Só peço, vem comigo. Sei que virás e que te voltarei a envolver num abraço mais forte. Está escuro e há silêncio lá fora e na ausência de tempo que o próprio tempo já não conta, o tempo voltou a parar por esta liberdade e este amor. No tiquetaque desconcertado do relógio, nos ponteiros que o coração não suporta, o meu coração bate ao ritmo do teu.
Foram tudo palavras e promessas cumpridas. Vem comigo, já não há mais medos dentro de nós, tudo o resto são barreiras quebradas e ultrapassadas.
Vem, fica, com todo este amor. Meu amor.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Amor azul e branco,


Já caimos muitas vezes, mas já nos levantamos - igualmente - muitas vezes. Sempre fomos iguais entre nós, mas diferentes de todos os outros. Seja por um ou por dez, o importante é a essencia. A garra e o respeito. A entrega e o amor. Já subimos ao céu e não mais de lá descemos. Percalços aconteceram, mas nada mais que isso. Nada é mais importante que vocês - nobres e bravos - e o vosso espirito de entrega em comum. Nunca se esqueçam. Nunca duvidem de vós. Quando caem, caio com vocês, se choram eu choro convosco. Mas logo o lugar é de sorrisos e é com gosto e com amor. Acredito - como sempre - neste amor que nos envolve, neste orgulho que nos conforta e que juntos nos correm nas veias. Não há talento maior do que o vosso, boa sorte Campeões (L)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Escrever é Amor

« Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita umas moedas ou um elogio a troco de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente no sangue o doce veneno da vaidade e acredita que, se conseguir que ninguém descubra a sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de lhe dar um tecto, um prato de comida quente ao fim do dia e aquilo por que mais anseia: ver o seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente lhe sobreviverá. Um escritor está condenado a recordar esse momento pois nessa altura já está perdido e a sua alma tem preço ».

O amor às letras, a vontade de agarrar num lápis, pegar numa folha e começar a escrever, compensa tudo o resto. É amor à arte, é vontade de mostrar talento e melhorá-lo. Tanto para aprender, tanto para crescer, mas é amor. É um amor que atravessa o peito e passa para as linhas da folha diante dos nossos olhos, é amor que leva à imaginação mais desenvolvida. Pode ser sacrifício, momentos na corda bamba, mas é amor. Um amor que não nos mata por dentro. É ver a vida para além das aparências, é expressar o que vai na alma e no coração. São muitos momentos que ficam, outros que passam, outros que se imortalizam, mas não deixam de ser momentos. Assim como este amor não deixa de ser amor. São letras, são rabiscos, são folhas no chão, rascunhos aproveitados, é tanto e ao mesmo tampo tão pouco. Mas é amor. E um dia poderei vir a ser eu a esperar que o talento se eleve mais alto, que se dê a conhecer e talvez aguarde pelo reconhecimento, talvez sinta tanto orgulho quando os olhos descobrirem o nome num pedaço de papel, ou talvez tudo não passe do desejo e de um sonho. Mas acreditar é por em pratica as ambições, é levar a cabo todos os sonhos que talvez já tenham nascido dentro de mim. Mas será sempre amor, seja talento ou só jeito, seja reconhecido ou passe simplesmente despercebido. Mas o que me move é amor a uma só arte. Um escritor nunca esquece os primeiros passos, não esquece as origens, não esquece o que o move e o que o inspira porque é por amor. Escrever é dizer amor. É amor e será sempre pelo tanto amor que ( me ) corre nas veias pela arte

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Quando

Quando vamos saber que atingimos o limite? De amor... de fantasia… de perdas... de acreditar… de brincar... de fazer de conta... Quando vamos realmente perceber quando temos que parar? Quando vamos começar a pensar só em nós? Quando vamos perceber que nada disto é cor-de-rosa e que as pessoas não são verdadeiras? Quando vamos ser nós próprios, sem anestesias?

domingo, 17 de janeiro de 2010

Parabens Best +.+


Era tudo tão mais fácil quando ainda contávamos - pelos dedos de uma só mão - a nossa idade. Cheia de tantas pequenas histórias. E as gargalhadas que toda a rua conseguia ouvir, de manha cedo até ao cair da noite.
Era, nestas alturas, que louvávamos a nossa coragem e, cheios de vivacidade e com a firme ideia de que, um dia, íamos conseguir mudar o mundo, nos sentávamos debaixo de um mar de estrelas a contar segredos.
Era tudo tão mais fácil quando ainda julgávamos que nada mudava, só mudava se quiséssemos, mas era preciso força em duplicado. E de corpo franzino riamo-nos da nossa incapacidade de ganhar força no impensável.
Ainda te lembras de como eram essas alturas? Cheias de cor e de simplicidade. E das vezes que prometíamos estar sempre lado a lado? Mesmo que o perigo se avista-se e fosse bem mais forte que nós. E nós sorriamos porque a nossa amizade valia mais que tudo o resto e acreditávamos que nada a iria destruir. Na verdade foi sempre assim. De verdade, ainda hoje o é.
Era tudo tão mais fácil quando ainda não sabíamos o significado de «maldade», «problemas», «lágrimas», «ingratidão», e tantas palavras mais.
O nosso mundo não era assim, tinha mais cor e animação. Tantos sorrisos que ainda hoje levo no peito. Tantas promessas que ainda hoje guardo no coração.
Mas chegou a altura de crescer e lembro-me das «birras» que fazíamos, pois preferíamos continuar assim: pequeninos, franzinos, de garra no peito, com tardes passadas no baloiço da casa ao lado. A que estava abandona e que ficou a ser parte de nós por ser o nosso refugio.
Nenhuma de nós queria aprender como era importante tomar decisões e ser autónomo. Nós já o éramos, à nossa maneira – é certo – mas não havia momento em que a iniciativa não partisse de nós. Era mais fácil continuar assim, como éramos, para sempre. Deitar no chão da varanda, contar as estrelas, correr atrás de borboletas de tantas cores.
Éramos capazes de andar de baloiço um dia inteiro, sem haver sinal de cansaço. E sonhávamos que em todas as subidas mais altas conseguíamos tocar no céu.
Os nossos sorrisos eram sempre mais felizes e mais luminosos, já dizia o senhor que víamos, todos os dias, sentado na sua cadeira azul, a jogar às cartas com o seu grupo de amigos. E nós sorriamos, com olhos brilhantes, e continuávamos o nosso caminho em busca de sonhos. Os anos passaram, tu cresceste, eu cresci e grande parte do que fomos cresceu também. Era mais fácil quando ainda éramos crianças pequeninas e sorridentes. Mas é agora que eu te digo que crescemos e que foi melhor assim. É agora que eu te agradeço por tudo o que fomos e por tudo aquilo que somos, és a melhor amiga que alguém pode querer, e sabes que eu vou estar sempre aqui independente do que seja podes sempre contar comigo porque nos temos muito mais que uma infância juntas, temos uma vida e nada nem ninguém nunca vai destruir isso. PARABENS Carolina Grilo , Parabens Melhor Amiga! Eu Adoro. te sim <3

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Bem vindo

Acordo pela manhã. Ainda sinto o teu perfume do lado esquerdo da almofada. O relógio marcava as dez, levantei-me, dirigi-me à sala. Em cima da mesa estava um bilhete de «bom dia», acompanhado com uma rosa branca: a minha flor preferida, sabes tão bem.
Já tinhas saído e contigo levaste parte da magia de uma noite. Uma noite tão única, tão… sem palavras. Mas deixaste ficar as memórias. Parte de ti.
Antes de ires ainda eu dormia. Sem me quereres acordar deste um beijo leve e suave. Eu senti-o. Naqueles instantes senti-me segura. Senti que mais nada importava. Só aquele momento fazia sentido.
Ainda na sala era como se sentisse o teu corpo junto ao meu e os teus braços me envolvessem num abraço sentido e interminável. Sentia-me bem. Deixei soltar-se uma breve gargalhada. Um leve sorriso feliz e cheio de vida.
Fui aquecer café, microondas no dois. Enquanto esperava liguei a televisão e deixei-me ficar. O café estava pronto. Levantei-me e de rompante os raios de sol invadiram a cozinha. Entravam eles pela janela ainda fechada, talvez por não querer perder o que ainda restava do teu perfume.
Segui para o quarto e dirigi-me à janela já com a chávena na mão. Abri-a sem qualquer tipo de hesitação. A manhã estava tão cheia de luz. Tão cheia de um brilho fora do comum. Uma brisa suave veio de encontro ao meu peito. Com ela vieram também todas as recordações de um amor ainda em crescimento, alimentado todos os dias com pequenos gestos, com pequenas palavras, com um pouco de tudo o que tem significado.
As pessoas passavam na rua. Os «bons dias» multiplicavam-se à medida que passava o tempo. Eu, da janela, retribuía cada um deles. Sempre com um sorriso. Deixei-me ficar ali durante pelo menos mais uma hora.
O meu coração sente-te a chegar. Os meus ouvidos apercebem-se dos teus passos. Estavas perto. Chaves na porta e chegavas tu.
Bem-vindo de volta a casa meu amor.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Amanha,

Se o – meu – amanha não chegar, promete apenas guardar o que é bom de guardar. As memórias que são boas de memorizar e as recordações boas de recordar.
Se o – meu – amanha não chegar promete-me apenas que irás descobrir o quanto sempre gostei de ti. O quanto nunca me esqueci de ti. E o quanto me fizeste bem, mesmo sem teres a noção exacta de tal facto.
Por esta altura os pensamentos cruzam-se na mente, olho para ti de forma distante. Não por querer, mas por ter que ser assim. E quando o querer é mais forte que o dever, eu apenas pedia para poder ficar sempre junto a ti. E nesse tu e eu que sempre existiu, e nesse desejo de ti, promete-me apenas que nunca irás largar a minha mão, nem irás esquecer o mesmo calor que ela sempre teve por estar agarrada à tua. E se não for pedir para prometeres demais, promete-me que nunca esquecerás o cheiro do meu perfume.
Se o – meu – amanha não chegar, só te peço que não deixes derramar nem uma única lágrima. Não o faças nem por instantes, nem por largos momentos. Promete-me que irás sempre lembrar com sorrisos esta história que foi bonita de viver enquanto o tempo a deixou durar.
Se o – meu – amanha não chegar é porque chegou a hora de ir. E mesmo que a dor da despedida seja maior, também prometo que não irei chorar, mesmo que o coração fique reduzido a pedaços de nada.
Porque se o – meu – amanha não chegar, é por ser tempo, mas os sonhos continuam com a mesma força, estejam juntos ou separados.
Nunca houve distâncias entre nós que nos pudessem separar, não era agora que iria mudar, prometo-me que sim. É o que te devo, promessas cumpridas no ontem e no hoje e porventura no amanha, se ele não me falhar.
Não existem segundas vidas, mas existem segundas oportunidades e mesmo que o meu amanha não chegue eu prometo-te voltar numa outra altura, numa outra hora e num outro local.
Se o – meu – amanha não chegar eu prometo quebrar barreiras e chegar a ti.
Tão perto, não importa o quão distante porque mesmo que não chegue o – meu – amanha eu estarei sempre ao pé de ti, de mão ao peito, com muito amor no coração.
E por mais que a vida nos corte caminhos, por mais que a vida nos impeça de prosseguir, nunca te esqueças do quanto te amei e de que ainda hoje te quero bem, mesmo que o – meu – amanha não chegue, será sempre das poucas coisas que nunca mudará - em mim.
Se o – meu – amanha não chegar, tu estarás em mim, como sempre. Para o bem e para o mal, para o que der e vier.
Tão perto, não importa o quão distante, para todos os efeitos, bom dia e até amanha.
Amor meu, meu amor.

[Ele vai.me matar, mas eu adoro ler os textos dele +.+ e como ele não tem coragem de os dizer a quem deve, eu ponho aqui pq sei que ela aqui os ve zx, Best +.+]

Texto de: AlexandreTeixeira © All Rights Reserved

domingo, 10 de janeiro de 2010

Nem Sempre,

Nem sempre temos coragem para enfrentrar caminhos que não queremos que sejam os nossos. E os nossos medos passam a actores principais do nosso drama.
Nem sempre sabemos tudo, e quando sabemos algo julgamos que atingimos a verdade nua e crua, mas na verdade conquistamos uma gota no meio do oceano.
Nem sempre há sempre, mas preferimos julgar que há, para sempre, porque é mais fácil para seguirmos em frente.
Nem sempre é sinal de contrariedade, mas por vezes julgamos que é. Porque, na maior parte das vezes, nós é que «gostamos» de ser do contra e tornamo-nos autênticos blocos de gelo, onde só o que é nosso interessa e o que vem de fora é para esquecer.
Mas, nem sempre, aquilo que nos parece certo acaba por ser e, muitas das vezes, aquilo que julgamos errado é o que deverias fazer. Mas custa quando não temos razão e cometemos loucuras quando a queremos ter.
Nem sempre o melhor caminho é seguir o caminho que queremos e, por vezes, mais vale não querer saber e experimentar coisas novas.
Por isso, tenhas ou não confiança suficiente dentro de ti, põe o batom vermelho nos lábios e levanta a cabeça - é mais fácil para embelezar o que nos rodeia e para dizer coisas poéticas sobre nós e sobre o que queremos que seja de nós.
Nem sempre é assim, mas, por vezes, é bom quando o é.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Nós, os números e as palavras



Prendes-me a um sonho, daqueles eternos e surpreendentes; um sonho onde te preencha o «eu» que te foge do peito. Mas não tenho, presos a mim, esses sonhos para que me possas prender. Apenas tenho simples sonhos, sonhos de esperança, tão inocentes como um olhar de criança; simples sonhos, como simples palavras. E o melhor do amor é que não te importas que eu te diga que não, porque sabes sempre, por ser a sério, que só não te dou aquilo que está para lá de mim. De mim e de toda a vontade que eu tenho de te ver sorrir.
No amor, neste amor, o que mais me completa é saber de mão cheia que somos tão fortes juntos como separados, por nunca esquecermos tudo o que demos num golpe de mágia que nos aproxima a cada instante e nos mantém presos ao coração que bate a dois ritmos. Lá fora há inúmeros perigos que não mostram a cara e eu sei que, por isso mesmo, hesito entre colocar um pé na rua ou agarrar uma das tuas mãos, que nunca me querem deixar partir sem elas e sem ti. Mas é nesse olhar que tu nunca me escondes que sinto mais confiança do que aquela que o vento me leva quando me afasto do que mais me completa: TU.
Amar é recomeçar todos os dias. É uma nova vida que ganha vida em duas mãos entrelaçadas. Duas mãos que mesmo afastadas estão em total confidência. No entanto, ninguém sabe, e este segredo, que não é ocultado de ninguém, é o que está melhor guardado. Não digas a ninguém, mas tu salvas-me a cada instante. Salvas-me de tudo o que é sem cor e sem forma, de tudo o que é triste; salvas-me de não saber o que está diante de mim, pois não há nada pior do que não ver o que os nossos olhos de melhor nos podem dar.
Tu sabes que nunca fui boa com contas, por isso não sei dividir todas as vezes em que fiz do teu olhar o meu espelho, para saber todos os erros que escondo automaticamente, mas também não sei multiplicar todos os segundos de todas as horas em que o teu ombro esquerdo serve de apoio à minha cabeça que se aconchega em ti. Muito menos sei subtrair todos os momentos que preferíamos fazer recuar no tempo para que não acontecessem, porque sei que isso também faz parte do amor. Somente sei somar todos os dias, desde o dia em que te entreguei o meu coração como se fosse teu, até hoje. Por isso, nunca me peças para traduzir todo o nosso amor numa percentagem simplificada, com números reduzidos, no máximo, a duas casas. Sou, toda eu, letras e sabes que só assim me consigo expressar.
A ti entrego todos os números, todas as datas, todos os compassos de tempo contáveis e, para mim, sobram todas as palavras que os descrevem, um a um, com total pormenor e exactidão. Só assim conseguimos construir um mundo que seja a imagem perfeita de todas as folhas em branco que denunciam, eficazmente, a tranquilidade, a doçura, a certeza, a confiança, que preenchem, em prosa e poesia, todas as quadriculas que tu vês e todas as linhas que eu descubro.
Em todos os desejos, em todos os sonhos e em todas as verdades, eu quero mais do que aquilo que sonho e amo mais do que aquilo que desejo. E no fim de contas o que quero, desejo, sonho e amo mais és tu, tal e qual como sempre te vi no presente. O nosso presente é o amor de agora, o amor de ontem ficou no passado e contigo não me prendo às memórias que ficaram para trás, mas parto em busca das que contarão o meu presente e, mais tarde, o meu futuro. O nosso amor é agora, o que passou passou e o que lá vai, lá vai, é assim que me ensinas a viver todos os dias.
O que eu gosto mais no amor é saber que se reparte por todas as letras do teu nome e se desdobra para me envolver a mim, em pedaços independentes e continuamente adaptados a todas as nossas vivências.
Amar é isto mesmo, é compreender em duas mãos fechadas todas as suas divisões. É ter a capacidade de amar todos dias as coisas novas, reduzindo as do dia anterior à sua qualidade de passado que passou. Amar, para mim, é regressar a ti a todos os instantes, é prender-me a ti em todos os teus sonhos, em todos os teus desejos, em todas as tuas certezas e, principalmente, em todas as tuas duvidas. Só assim posso querer (-te), desejar (-te), sonhar (-te) e amar (-te), começando a viver de novo, completando-te enquanto me completas.
É o amor, tão mais forte ou tão mais fraco como a força com que o «nós» se prende aos números e às palavras para se descrever. Mas o melhor do amor é que compreende tudo em si mesmo, seja em números ou em letras, deixando constantes surpresas no amanhã que só quero viver assim.

E tudo isto é o nosso amor!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ainda te amo :$

Hoje aqui entre quatro paredes penso e repenso.
Chego a conclusão que para sempre não existe se não nos nossos sonhos. Mesmo passado todo este tempo e depois de tudo o que aconteceu ainda te amo, não o digo a toa, porque amo de verdade, mas amar e querer são duas coisas diferentes e por te amar não quer dizer que te queira, ou melhor não posso querer. E tão difícil controlar. me quando penso nas saudades, nas memórias, nas recordações, nas palavras (mentiras ou não). Mas não é impossível, porque controlo-me , mesmo olhando para cada coisa que possa parecer insignificante mas que significa tudo, mesmo ouvindo uma simples pessoa a falar e tenha o tom de voz, a maneira de falar ou de acentuar as palavras como tu, mesmo estando em cada sitio onde sei que estives-te comigo, mesmo eu me cruzando contigo de vez em quando , Eu controlo-me. Dou por mim a pensar que não queria ter esse poder, não me queria controlar , queria poder fazer tudo o que tenho vontade na altura que tenho. Mas não tenho esse direito depois de tudo não tenho esse direito. Magoei. te e magoei. me demais a mim por fazer as coisas da maneira que eu achava que era mais fácil , mas que foi a mais difícil. Não tenho o direito de fazer-te repensar a tua vida toda outra vez, de fazer-te recordar todos os momentos que fomos felizes nestas quatro paredes e nas outras todas. Não tenho o direito de roubar-te a tua nova vida, onde sei que já não e o meu lugar. Mas Eu amo-te e até posso tentar mentir a mim próprio dizendo que não, mas um amor como o nosso por mais que queiramos não morre assim.

[Achei este texto lindo e já que ele nao tinha coragem de o mandar eu fiz por ele, Desculpa *]

Texto de: AlexandreTeixeira © All Rights Reserved

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Produto limitado

Cuidados de utilização: Manusear com cuidado, forte por fora, frágil por dentro. Não virar do avesso. Não deixar cair. Mimar e acarinhar o máximo possível.

Nota do conteúdo: Quando não sei o que fazer, faço rolinhos de cabelo com os dedos. E penso muito quando fecho os olhos. Esfrego os olhos com força quando começo a ficar com sono. Abano a cabeça quando não me quero lembrar de alguma coisa. Calco sempre um pé com o outro quando estou pouco confiante a frente de alguém. Amuo quando estou chateada. Mordo o lábio quando estou nervosa. Quando ando pela rua sozinha vou sempre a cantar para mim e a olhar para os pés. Às vezes gosto de andar a chuva, mas só quando é muito fraquinha. Adormeço virada de lado e com as mãos no meio das pernas para não arrefecer. Acordo toda torta e com o cabelo todo despenteado. Pergunto muitas vezes 'porque?', sempre que estou pouco esclarecida ou quando as coisas não correm como espero. Quando fico muito tempo calada é porque estou triste. Ouço música aos berros, canto e danço quando estou feliz. Quando estou em baixo apago as luzes do quarto e deito-me na cama agarrada à almofada com os fones nos ouvidos. Gosto de me sentar no chão de pernas cruzadas. Gosto de escolher a roupa, vestir e despir até me cansar e levar a primeira para onde olho. Gosto de sentir o vento na cara. Gosto de ir pelo caminho e observar que cada pessoa tem uma maneira tão especial de caminhar, de lidar com vida. Gosto de sentir a água quente nas costas frias. Gosto de me deitar, sorrir, chorar e adormecer de seguida.

Caso não agrade é favor devolver rapidamente (a)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Feitiço

Em que parte do mundo estás tu? Já te estive tão perto e hoje estás tão longe. Já te estive a centímetros de mim mas pareceram kilómetros de distancia, tudo porque o que me ficou na memoria foi aquele esverdeado penetrante que não deixei de admirar durante aquelas meras horas. Podias ser igual a todos os outros, mas alguma coisa despertou em mim aquele interesse, talvez a maneira como seguravas o copo, como bebias a bebida ou simplesmente como seguravas a cadeira daquele sujeito que parecia tão fraco mas que via em ti a sua força. Naquela noite nada me fez desviar o olhar , nada me fez ficar indiferente aqueles olhares que de vez enquanto se cruzavam com os meus. Nada me fez deixar de Admirar e tentar perceber qual foi o feitiço que mandas-te ao ar e que veio cair precisamente em mim. A musica continuava a tocar , fechei os olhos por momentos e pensei que estivesse a sonhar , aquilo era tão estranho e tão novo que simplesmente não queria acreditar. O tempo passou tão rápido que quando dou por mim já a noite esta no fim, tudo está a beira de acabar , e tudo não passara de meras lembranças, meras memorias sem um senão ou um porque. Ao ver-te caminhar para a saída e num ultimo acto de desespero, corri , corri o mais velozmente que pode , mas em vão outros individuos impediram-me e com a famosa desculpa do álcool lá passaram a minha frente ! Quando finalmente avisto o teu cabelo despenteado e todo o conjunto de atributos que me prenderam a ti durante toda a noite , já é tarde , já a porta da rua esta a menos centímetros de ti que eu alguma vez estive ou vou voltar a estar. O que restou foram olhares , memorias e pouca mais .

A fila avança, saiu e piso a calçada e nem sinais de ti.
- Foi um bonito sonho , um que não me importava de sonhar de Novo .

domingo, 3 de janeiro de 2010

Balanço

Em 2009 desenhei projectos e sonhos, encerrei histórias e refiz vidas cobertas de sonhos e paixões. Rasguei cartas e desenhei romances, pérolas de uma vida, contornados a lápis cor de rosa. Pintei sonhos e amei, amei muito. Chorei de alegria e de tristeza, mas aprendi muito. Este ano saboreei um leite com chocolate numa tarde de Inverno, senti o frio da janela nas mãos enquanto chovia lá fora. Em 2009 dancei à chuva e não me importei de saber que provavelmente no dia seguinte ia estar com uma gripe daquelas! Dancei, dancei muito, até não poder mais! Em 2009 chorei com um abraço e tremi de nervos, corei com elogios e enfureci-me com injustiças. Fiz amigos, e engrandeci amizades, levei pessoas comigo para a vida e levei outras ao colo para o meu coração. Este ano fui para o mar à noite e mergulhei bem fundo até ver peixinhos de todas as cores. Pus pontos finais e virgulas, continuei histórias e terminei outras. Vi o tempo passar demasiado depressa, sabendo que não o temos na mão e que somos tão pequenos para tudo aquilo que nos rodeia. Chorei de alegria e ouvi a minha musica preferida abraçada aos meus amigos, fui a concertos, realizei sonhos e objectivos, ouvi música e enfrentei muitas vezes o silêncio... Abri portas, e fechei janelas, construí casas e derrubei castelos, abri os olhos a muita coisa, mas também os fechei muitas vezes. Sorri com vontade de chorar e chorei de tanto rir. Comi as minhas comidas preferidas e as que detesto também... Sonhei acordada e tive os piores pesadelos. Fui amada, amei e deixei-me amar e aprendi que amar é a melhor receita para sermos felizes, seja de que maneira for. Guardei de 2009 o que era importante guardar. Agora só quero que 2010 seja igual ou melhor que 2009.

Acabo e começo o ano a dizer sempre o mesmo: Amo-te e vou Amar sempre enquanto me deixres. Meu Rodrigo @


[Melhor Passagem de Ano com vocês, melhores dias com vocês, Amo.vos meus amores *]