terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Questões


Sim, na verdade tens razão.. Não sou tão forte como pareço, não sou feita de aço ou ferro e tenho mais fragilidades e pontos fracos que aparento, tal como qualquer simples mortal. Não sou feita de palavras frias, nem tenho a pele congelando a 40 graus negativos, nem me visto de preto, ou tenho olhos vermelhos... Mas sim, sou fria. Por vezes, mais fria que qualquer espada atravessando os corpos, ou um cubo de gelo escorregando pela mesa. Não me perguntes porque o sou, simplesmente a vida ensinou-me como sê-lo. Defendo-me mais nas minhas sete copas do que ataco para "matar" e talvez seja por isso que sou tão fria. Orgulho-me do que sou, do que me fui tornando, porque aceito as derrotas de cabeça erguida e com as vitórias ergo-me mais uma vez da peculiar estrada da vida. Excêntrica e estrondosa, penso como penso, e digo-o, sem medos ou questões... Afinal somos o quê? Meros seres imperfeitos aos quais deram o dom da vida. A questão é se todos sabem como pegar nela. E talvez esse até seja mesmo o meu medo, que a vida me passe ao lado. Resumo a minha luta à vida, os meus ganhos com amor, e as perdas da vida com maior amor ainda... não me tentes mudar, deixa-me sonhar enquanto posso, deixa-me ser excêntrica enquanto quero e preciso, não me cortes as asas enquanto é tempo de voar. Não tenhas medo que caia, afinal de contas, é preciso cair para aprender a levantar. Quantas vezes não caí já? e não me levantei sempre? então, deixa-me correr, sonhar, deixa-me ir ao meu limite, até onde eu precisar de ir, mesmo que não consigas ir comigo. Vive o momento, aqui, o depois não importa. Rasga o que te atormenta a alma, rasga o que te faz doer dentro do peito, rasga tudo o que te tira o sonho e o sorriso no rosto, rasga tudo se for preciso. Mas vai, vai onde o vento te levar.

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