domingo, 13 de dezembro de 2009

Aquelas palavras rasgadas


Hoje estou a precisar de escrever, sem razões, perspectivas ou distracções, estou a precisar de desentupir a minha veia seca de sangue imaginário proveniente do cerebro cansado de tantas e mais tantas fracções equacionais impossiveis ou quase impossiveis de resolver. Vou soltar a minha aura num breve momento e deixa-la caminhar em tantas estradas de terra batida, esquecidas no tempo e no espaço. Vou dar a mão às estrelas mais distantes da nossa frota marítima de sonhos, e vou puxar uma de cada vez, para a guardar no meu quarto, e iluminá-lo nas noites escuras de medo e hesitação. Porque eu hoje quero escrever muito, quero escrever e não dizer nada qe se consiga perceber, só eu, apenas eu. Vou só largar a caneta de tinta permanente da minha estante e desenhar na minha pele frases perdidas, palavras soltas, palavras rasgadas do tempo. Aquelas palavras rasgadas.

Sem comentários:

Enviar um comentário